O ACIDENTE



Domingo 24 de julho de 2011, após fazer seu programa de rádio, o pai passa em casa pega Beatriz (07 anos) e Daniel (02 anos) para os levar para casa da avó, pois, ele e a esposa teriam que montar uma grande festa naquele dia, era uma festa de aniversário dupla, o que daria mais trabalho do que de costume.
Ao chegar na casa da avó não havia ninguém, esperaram um pouco, como a avó demorava, resolveram ir até o supermercado para ver se ela estava lá e ajudá-la com as compras.
Ao chegar em frente ao mercado estacionaram o carro, o pai orienta a Beatriz a ficar na faixa para atravessar a rua, ela olha dos 02 lados, um carro vem subindo, outra descendo mas, está longe. Ela espera o carro que estava subindo passar, e deve ter pensando que o táxi iria parar, mas, ele não parou. Beatriz é arremessada a 6,50 mts segundo a perícia, cai inconsciente. O pai corre, o corpinho da pequena já está sem vida, não há batimento cardíaco, não há respiração. O pai se lembra de gritar "alguém chama o Siate!", ao olhar para o corpo tentando imaginar o que fazer, para uma moto, era o soldado Paiva, socorrista do Siate, que pela providencia divina, passa pelo local, ele dá os primeiros atendimentos, trazendo a pequena Beatriz novamente a vida. Chega o Siate e em seguida a ambulância do Samu com a médica.


O TRAUMA

Beatriz sofreu um poli-traumatismo:
* Teve fratura exposta perna esquerda.
* Teve um luxação quadril lado esquerdo.
* Quebrou úmero esquerdo.
* Quebrou cravicula direita.
* Teve um dilaceramento de baço.
* Teve Contorção Pulmonar.
E um TCE (traumatismo cranio encefálico) classe 3.


Dentro da ambulância do SIATE Beatriz inconsciente foi entubada, seu pulmão drenado. A Central de leito determina que ela seja levada para o Hospital Universitário de Londrina, mas, no meio do caminho os socorristas recebem a informação de que ela deveria ser levada para o Hospital Evangelico.

Inicialmente as informações eram de que o traumatismo era algo simples, que a lesão mais preocupante era do pulmão e baço.
Mas, não era. Beatriz começou a sofreu uma hipertensão craniana, o cérebro começou a inchar, inicialmente ela precisava de um cateter para medir a pressão intracraniana, o hospital não tinha, segundo informações o fornecedor não queria entregar pelo valor pago pelo SUS, muito luta, oração e as 19:00hs o cateter chegou de avião. Beatriz foi levada para o centro cirúrgico, sob o olhar cético de alguns profissionais. Mas, a cirurgia foi bem sucedida e a Beatriz voltou para a UTI.  Fomos informados que aquele cateter iria medir a pressão dentro do crânio da Beatriz e que esta não deveria passar dos 20. Que luta olhar para aquele monitor e o ver chegar a 40, 45.

Um tempo de muita oração, jejum, entrega.