Quarta-Feira 27 de julho, os pais Isaque e Silmara, estavam na rampa de acesso do hospital quando subiu um bombeiro, eles esperavam o horário para subir para a UTI, alguns minutos depois, o bombeiro desceu, parou junto a eles, era o soldado Paiva, eles conversam rapidamente, o soldado com lagrimas nos olhos diz: “Deus vai dar muita força para vocês”, ele se despede e vai embora. Naquele momento os pais não entenderam. Ao dar o horário, subiram para a UTI, olharam pelo vão da porta e junto a cama da Beatriz estavam vários médicos.
A psicóloga foi a primeira a conversar com os pais, queria saber sobre o acidente e como eles estavam lidando com aquilo. Deu alguns conselhos e os pais foram chamados a UTI para conversar com os médicos.
O neuro diz que não tinha boa noticias, o quadro clinico da Beatriz havia piorado muito, ela não estava respondendo aos medicamentos.
O neuro explicou que nas próximas horas "iria" decretar a morte cerebral da Beatriz, mas, havia uma ultima alternativa, não mudaria o quadro clinico e provavelmente Beatriz não resistiria se autorizada pelos pais, ela seria levada ao centro cirúrgico e seria retirado osso dos 02 lados do crânio, para eliminar a pressão e liberar espaço para que o cérebro pudesse expandir. O medico explicou que Beatriz provavelmente morria durante o procedimento e que o mesmo somente poderia ser feito com a autorização dos pais.
O pai perguntou: “é a ultima alternativa medica?”, “sim” respondeu o doutor, “então está autorizado”, disse o pai e saiu para enviar SMS para aqueles que estavam orando pela vida da Beatriz.
As 14:30 aproximadamente Beatriz foi levada para o centro cirúrgico, após quase 05 horas o neuro cirurgião saiu para entregar o cabelo da pequena e dizer que ela tinha se comportado bem e que agora era esperar.
UMA PALAVRA DIFÍCIL DE SE OUVIR
A mãe Silmara estava debruçada sobre a cama orando quando uma médica chegou e lhe disse “mãe a melhor coisa que você pode fazer por sua filha é pedir para Deus leva-la, pois, se ela sobreviver, ficará vegetando sobre uma cama”.
